terça-feira, 21 de abril de 2009

ÓCIO IMPRODUTIVO

Boa tarde, a todos aqueles que se negam a visitar a ilustre lente.

Quero dividir meu ressentimento neste quase pós-feriadão.

Nestes longos dias curti, nada mais, do que o nada. Sei que tenho milhões de coisas para fazer, mas neste vácuo não tenho forças para reunir a pouca coragem que me resta e executar tudo de uma vez. Na meia semana que me resta inventarei outro milhão de desculpas para deixar de lado este milhão de coisas que me atormentam hoje.

Vou acabar logo que esta "balela" e apresentar um cara, que eu nem bem sei o que ou quem ele é: alguém chamado Luc Gabriel.

"No limbo doce do ócio improdutivo,
Rearranjo palavras
E construo estrofes
Que justificam minha desavergonhada paralisia.
Holofotes duma ribalta descaradamente falsa
Saciam o apetite por reconhecimento,
E justificam a escrita vagabunda,
Do poema de rima fácil.
Então, que se encaminhe o sentimento impuro,
Lascivo e despudorado,
Para lambuzar-se no círculo que precede a depravação,
Inspiração maior para a poesia.
(Que não aceita choro contido,
Nem quer ouvir falar da amada,
E enxota a pieguice do sussurro
Que adorna e açula a fala.).
Dose de motivação
Buscada no mais puro requinte do pecado,
Manjar verdadeiro do gozo,
Amante da escrita casta.
É da soltura dos meus charmosos demônios
Que emana a beleza rameira dos meus versos,
A justificar a prostração dos meus dias
No vai e vem do meu doce limbo."

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