segunda-feira, 27 de abril de 2009
Duelo de escritores
A felicidade de Baudelaire
Paraísos Artificiais - O Ópio e Poema do Haxixe (Charles Baudelaire)
domingo, 26 de abril de 2009
Biografia de Tezza
Em 1988 publicou Trapo (Brasiliense), livro que tornou seu nome conhecido nacionalmente. Nos dez anos seguintes, publicou os romances Aventuras provisórias (Prêmio Petrobrás de Literatura), Juliano pavollini, A suavidade do vento, O fantasma da infância e Uma noite em Curitiba. Em 1998, seu romance Breve espaço entre cor e sombra (Rocco) foi contemplado com o Prêmio Machado de Assis da Biblioteca Nacional (melhor romance do ano); e O fotógrafo (Rocco), publicado em 2004, recebeu no ano seguinte o Prêmio da Academia Brasileira de Letras de melhor romance do ano e o Prêmio Bravo! de melhor obra.
Escritor catarinense na FLIP
Saiba mais sobre o escritor no site http://www.cristovaotezza.com.br/
sábado, 25 de abril de 2009
Gay Talese na FLIP
sexta-feira, 24 de abril de 2009
100 melhores livros
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Dia Mundial do Livro - 23 de Abril
O dia-homenagem foi instituído pela Unesco em 1996. Ele é celebrado em cerca de 100 países, e mobiliza uma vasta rede internacional de editores, livreiros, bibliotecários, associações de autores, tradutores e muitos outros amigos da causa do livro e da leitura. É importante que se tome consciência dos benefícios econômicos, morais e cívicos da leitura, para que os indivíduos possam engajar-se na luta por um mundo melhor.
A escolha do dia deve-se ao fato que vários escritores consagrados, como Miguel de Cervantes, William Shakespeare, Vladimir Nabokov e Josep Pla, nasceram ou morreram em um 23 de abril.
O acesso à herança cultural através do livro possibilita o enraizamento do sujeito na comunidade, por dar-lhe suporte e coesão de idéias. O sentido comunitário do livro deve ser visto como prioritário, principalmente na educação das crianças, futuros cidadãos. Como em toda construção, o livro é um alicerce importantíssimo a formação de uma sociedade mais justa e igualitária.
"O livro constitui um meio fundamental para conhecer os valores, os saberes, o senso estético e a imaginação humana. Como vetores de criação, informação e educação, permitem que cada cultura possa imprimir seus traços essenciais e, ao mesmo tempo, ler a identidade de outras. Janela para a diversidade cultural e ponte entre as civilizações, além do tempo e do espaço, o livro é ao mesmo tempo fonte de diálogo, instrumento de intercâmbio e semente do desenvolvimento"
História
O Dia Internacional do Livro teve a sua origem na Catalunha, uma região semi-autônoma da Espanha. A data começou a ser celebrada em 7 de outubro de 1926, em comemoração ao nascimento de Miguel de Cervantes, escritor espanhol. O escritor e editor valenciano, estabelecido em Barcelona, Vicent Clavel Andrés, propôs este dia para a Câmara Oficial do Livro de Barcelona.
Em 6 de fevereiro de 1926, o governo espanhol, presidido por Miguel Primo de Rivera, aceitou a data e o rei Alfonso XIII assinou o decreto real que instituiu a Festa do Livro Espanhol.
No ano de 1930, a data comemorativa foi trasladada para 23 de abril, dia do falecimento de Cervantes. Mais tarde, em 1995, a UNESCO instituiu 23 de abril como o Dia Internacional do Livro e dos direitos dos autores, em virtude de a 23 de abril se assinalar o falecimento de outros escritores, como Josep Pla, escritor catalão, e William Shakespeare, dramaturgo inglês.
terça-feira, 21 de abril de 2009
ÓCIO IMPRODUTIVO
Quero dividir meu ressentimento neste quase pós-feriadão.
Nestes longos dias curti, nada mais, do que o nada. Sei que tenho milhões de coisas para fazer, mas neste vácuo não tenho forças para reunir a pouca coragem que me resta e executar tudo de uma vez. Na meia semana que me resta inventarei outro milhão de desculpas para deixar de lado este milhão de coisas que me atormentam hoje.
Vou acabar logo que esta "balela" e apresentar um cara, que eu nem bem sei o que ou quem ele é: alguém chamado Luc Gabriel.
"No limbo doce do ócio improdutivo,
Rearranjo palavras
E construo estrofes
Que justificam minha desavergonhada paralisia.
Holofotes duma ribalta descaradamente falsa
Saciam o apetite por reconhecimento,
E justificam a escrita vagabunda,
Do poema de rima fácil.
Então, que se encaminhe o sentimento impuro,
Lascivo e despudorado,
Para lambuzar-se no círculo que precede a depravação,
Inspiração maior para a poesia.
(Que não aceita choro contido,
Nem quer ouvir falar da amada,
E enxota a pieguice do sussurro
Que adorna e açula a fala.).
Dose de motivação
Buscada no mais puro requinte do pecado,
Manjar verdadeiro do gozo,
Amante da escrita casta.
É da soltura dos meus charmosos demônios
Que emana a beleza rameira dos meus versos,
A justificar a prostração dos meus dias
No vai e vem do meu doce limbo."
segunda-feira, 20 de abril de 2009
O que torna uma poesia o espírito de seu tempo?
OS CASTELLOS
A Europa jaz, posta nos cotovellos:
De Oriente a Occidente jaz, fitando,
E toldam-lhe romanticos cabellos
Olhos gregos, lembrando.
O cotovello esquerdo é recuado;
O direito é em angulo disposto.
Aquelle diz Italia onde é pousado;
Este diz Inglaterra onde, afastado,
A mão sustenta em que se appoia o rosto.
Fita, com olhar sphyngico e fatal,
O Occidente, futuro do passado.
O rosto com que fita é Portugal.
Ele não escreve só novela
Fala do Velho do Restelo ao Astronauta
domingo, 19 de abril de 2009
Amores Portáteis
"Os amores infelizes são todos iguais; os felizes, são felizes cada um à sua maneira. Simples assim, de um jeito muito mais Nabokov que Tolstoi".
"Leonard Cohen está ciente de que é preciso extrair as víceras do poema. Jeff Buckley também estava. Leonard Cohen está vivo. Jeff Buckley não. "
"O amor nunca é inócuo. Nunca. A vida não é uma sitcom."
"Consulto o relógio do celular. Meia-noite e vinte. O sábado virara domingo. E eu ainda não virei abóbora."
Essas frases, com doses certas de humor ácido, são do escritor joinvilense Eduardo Baumann. Ele lançou o livro "Dois em um" com Fernanda Leal. Os trechos foram retirados de "Amores portáteis". O livro foi lançado em março deste ano.
Dois em um pode ser encontrado na livraria Midas e custa aproximadamente R$ 7.
sábado, 18 de abril de 2009
O sol e a Aquarela
Quando acordei, nesta manhã de sábado, vi um sol lindo que ousava permanecer intenso no céu. Ao ligar o computador e colocar umas músicas, logo comecei a ouvir "Aquarela", de Toquinho. A linda letra trouxe a nostalgia de um imaginário infantil que a música fez parte. Trouxe-me boas lembranças. Afinal, quem nunca cantou pelo menos um pedacinho dela quando era criança?!?
"Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas
É fácil fazer um castelo...
Corro o lápis em torno
Da mão e me dou uma luva
E se faço chover
Com dois riscos
Tenho um guarda-chuva...
Se um pinguinho de tinta
Cai num pedacinho
Azul do papel
Num instante imagino
Uma linda gaivota
A voar no céu...
Vai voando
Contornando a imensa
Curva Norte e Sul
Vou com ela
Viajando Havaí
Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela
Branco navegando
É tanto céu e mar
Num beijo azul...
Entre as nuvens
Vem surgindo um lindo
Avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo
Com suas luzes a piscar...
Basta imaginar e ele está
Partindo, sereno e lindo
Se a gente quiser
Ele vai pousar...
Numa folha qualquer
Eu desenho um navio
De partida
Com alguns bons amigos
Bebendo de bem com a vida...
De uma América a outra
Eu consigo passar num segundo
Giro um simples compasso
E num círculo eu faço o mundo...
Um menino caminha
E caminhando chega no muro
E ali logo em frente
A esperar pela gente
O futuro está...
E o futuro é uma astronave
Que tentamos pilotar
Não tem tempo, nem piedade
Nem tem hora de chegar
Sem pedir licença
Muda a nossa vida
E depois convida
A rir ou chorar...
Nessa estrada não nos cabe
Conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe
Bem ao certo onde vai dar
Vamos todos
Numa linda passarela
De uma aquarela
Que um dia enfim
Descolorirá...
Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo
(Que descolorirá!)
E com cinco ou seis retas
É fácil fazer um castelo
(Que descolorirá!)
Giro um simples compasso
Num círculo eu faço
O mundo
(Que descolorirá!)..."
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Rápida sobre idéias e explanações
"Eu aceito, acredito até ser bom que as idéias políticas de um escritor apareçam em sua obra, mas não que ele coloque a obra a serviço das suas idéias. Porque aí ele vai fazer romance de tese ou peça de tese". (Revista Cult!, alguns anos atrás).
O que costuma tornar uma idéia desagradável é a sua apresentação. Parece ser essa a idéia do principal autor do movimento armorial. A idéia é um gesso da forma. A naturalidade que Suassuna busca nas manisfestações populares é exatamente a fuga desse gesso. Mas, talvez para este blogue, esta seja uma postagem engessada, e só uma discussão sobre literatura... Bem, aí fica a idéia. Sem decente apresentação.
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Brecht e a guerra
Brecht foi um dramaturgo, poeta e ator alemão que se "converteu" ao marxismo. Ele trouxe para as peças de teatro discussões sobre as complicadas relações humanas no sistema capitalista e com versão dramatizada. na perspectiva marxista.
"Para quem tem uma boa posição social, falar de comida é coisa baixa. É compreensível: eles já comeram."
"Primeiro vem o estômago, depois a moral."
"O que não sabe é um ignorante, mas o que sabe e não diz nada é um criminoso."
Estes são alguns do pensamentos de Brecht.
terça-feira, 14 de abril de 2009
A rosa de Hiroxima
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Poder e ironia
"O segredo de todo o poder consiste em saber que os outros são ainda mais covardes do que nós".
Não concordo com ele, mas posso comparar à fala de Mao Tsé-Tung que diz "o poder político nasce do cano da espingarda".
Ambos apresentam a face ruim do poder, entre covardia e armas. No entanto, o poder não se restringe à política, mas isto já é outra história.
Ainda sobre "Poder"
Boris morreu na década de 60 ser ver sua obra-prima entrar para a sétima.
sábado, 11 de abril de 2009
Ainda em Campos
Regresso ao lar
Pessoalmente, odeio Sonetos. Eles têm forma fechada, pouca expressão e não me dizem nada. Mas darei uma chance para Álvaro de Campos - um dos personagem de Fernando Pessoa.
"Há quanto tempo não escrevo um soneto
Mas não importa: escrevo este agora.
Sonetos são infância, e, nesta hora,
A minha infância é só um ponto preto,
Que num imóbil e fatal trajecto
Do comboio que sou me deita fora.
E o soneto é como alguém que mora
Há dois dias em tudo que projecto.
Graças a Deus, ainda sei que há
Quatorze linhas a cumprir iguais
Para a gente saber onde é que está
Mas onde a gente, ou eu, não sei...
Não quero saber mais de nada mais
E berdamerda para o que saberei."
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Armorial
Ariano Suassuna, em entrevista à revista Filosofia, da editora Escala, fez essa afirmação: “Eu, a vida toda, gostei mais dos pensadores que, além de serem pensadores, escreviam bem”. Ele se referia a Platão e a Friedrich Nietzsche, embora não tenha a mesma visão de mundo de ambos. O interesse na afirmação nasce porque ela indica que certas vezes temos visões radicais do que seja filosofia ou literatura, esquecendo que, enquanto campos do saber, essas áreas entrecruzam-se constantemente*.
A classificação é sempre um meio de morte para um significado, pois quando dizemos que as obras de Suassuna querem criar uma arte erudita a partir da cultura popular nos deixamos ir por um caminho de leitura acadêmico demais…